em 26 de maio de 2008.
Daqui te vejo turva, até diria suja. Diria, mas não digo. Não à alguém que sequer sabe ouvir.
Antes de você existe o seu medo, então o disfarce para o medo, depois um disfarce para esse disfarce e só então uma sombra de um protótipo de qualquer coisa pra esconder tudo. Você se esconde, você mente, está perdida aí dentro.
Morra, tente morrer, mesmo que superficialmente, se esse é o seu modo. Mostra esse teu sangue de groselha, viva a sua insignificância, mas viva algo. Sinta alguma coisa. Você é rasa. Você é um número. Você é um resto de confete sujo que alguém chutou para baixo do sofá. Você dança abraçada a uma almofada no fim da festa, o olho sujo de tinta derretida, amarga. Isso quando ninguém está olhando.
Vive, tenta viver. Se encontra debaixo dessas tintas e vernizes. Beba, cheire, injete, bota algo aí dentro, um sopro, densidade. Algo que corra e te arraste junto. Ou então desaparece. Ache uma estrada, segura na mão de Carl Barat e vai. Esqueça as historinhas que inventou. As mentiras. Leva essa insipidez, o gosto musical equivocado, o corte de cabelo sem propósito, a meia dúzia de opiniões vazias. E vê se some da minha frente.
-
ela ao menos me rendeu um texto perfeito. obrigada.
eu ia apagar este blog, mas resolvi revivê-lo.
afinal: eu adoro escrever. (;
ps.: 9 postagens deletadas.
Um comentário:
não apague não menina!
eu gosto!
bjsss
Postar um comentário