terça-feira, janeiro 27

• hello stranger!

eu sou a maior contradição entre todas aquelas outras.

sou filha única, mimada e chata. tenho manias estranhas que ninguém aguenta. e eu digo: não me preocupo! mentira, acredite. meu maior medo é decepcionar as pessoas. eu faço um escandalo de outro mundo quando vejo uma barata. eu me sensibilizo ao ver crianças de rua, mas mesmo assim, eu não faço nada além de dar-lhes uns trocados, tentando acreditar que irão fazer bom proveito daquilo. eu sou egoísta pra caralho. dramática e exagerada ao extremo. pensei que me tornaria uma pessoa adulta quando beijasse na boca, tivesse um namorado, fizesse sexo e dirigisse. então, eu os fiz. todos eles. e não me tornei adulta. eu continuo a mesma menininha boba de sempre. e concluí: a gente só cresce quando perde. eu ainda não perdi nada de tão importante, mas cresci, quem sabe. aprendi, tenho certeza. aprendi muito. e venho descobrindo as delicias de estar só novamente. eu sou ansiosa, e tenho problemas com chocolate graças a tudo isso. eu não gosto de falar ao telefone, mas gosto quando me ligam. eu choro sempre que sinto vontade de vomitar. eu tento parar de falar palavrão, mas às vezes me surpreendo com um caralho na boca [não pense besteira, caro leitor]. [a última fui num show do kaiser chiefs “PUTA-QUE-O-PARIU, É DU CARALHO, PORRA!”, eu gritei. e eu me senti a pior pessoa do mundo vendo toda aquela gente olhando torto pra mim] eu tento ser meiga, mas não consigo. eu não sei. eu acho graça na risada dos outros. eu sofro de saudade, todos os dias, de todas as coisas e pessoas. eu reclamo porque a vida passa rápido e meu pai sempre diz “o tempo não passa, ele tá aí. é a gente que vai embora”. hoje isso faz sentido pra mim. músicas felizes fazem eu me sentir num filme. e natal, normalmente, me entristece. não porque é uma época hipócrita, como grande maioria diz. mas porque eu vejo quanto tempo se passou desde a última comemoração de natal e quantas são as pessoas que não caminham mais comigo. então, é só isso. eu não vou falar de planos pra 2009, dos arrependimentos, do mundo, de miséria, pobreza ou política. eu não vou falar de nada que não seja sobre mim.

olá, 2009.
essa sou eu. (acho)

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